01 de julho de 2014
Desejo o nada
à quem me prometeu tudo - e apenas prometeu.
Este meu lado sombrio
que tu despertaste
Te envia agora o vazio,
o silêncio transmutado em palavras mudas.
A partir de hoje
À ti somente a melancolia.
A saudade do que jamais ocorreu.
Envio o nosso livro de páginas em branco sem história.
Com apenas um prefácio escrito
de promessas de um final feliz,
mas sem sequer um início.
Te desejo o mofo
o tédio da cidade pequena
o cheiro da casa guardada
o cotidiano e a rotina.
Te desejo o não-desejo
a perca da libido
que te tornes insone
que não sonhe
que perca
se perca
peque
peça
nade sem chegar.
Nade!
Nade!
Nada!
Nada!
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