BRASIL: UMA PANELA DE PRESSÃO (OU ESTAMOS PERDIDOS)

O QUE ACONTECERÁ QUANDO A PANELA DE PRESSÃO EXPLODIR?

(SEM) INSPIRAÇÃO

HOJE ACORDEI INSPIRADO. MAS ACHO QUE EXPIREI.

SOBRE SER CULTO

A VIDA NÃO SE RESUME AO FACEBOOK.

A REVOLUÇÃO DOS MACACOS

SOMOS TODOS MACACOS, ALGUNS MAIS MACACOS QUE OUTROS.

NU

HOJE ME DEU VONTADE DE ESTAR NU.

17 janeiro 2011

Não há Silêncio que Não Termine

Seja bem-vindo, ano de 2011!!

Só para não dizer que não estou cumprindo minha promessa de postar semanalmente, eu me propus a chamar esse tempo em que estive ausente de... hum... recesso. Tempo pra assimilar novos planos, novas metas e, principalmente, tempo para analisar como cumprirei todas elas. 17 dias se passaram desde que a Rede Globo anunciou que era ano novo, e eis me aqui vos falando por estas linhas mal escritas. Afinal de contas, "Não Há Silêncio que Não Termine", diria Ingrid Betancourt.

E, sim, esse meu primeiro parágrafo foi escrito com o intuito de introduzir o livro 'Não Há Silêncio que Não Termine' no texto. A odisséia da ex-candidata à presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, que foi sequestrada pela guerrilha de fdp-narcotraficantes , as FARC's, e mantida refém por quase 7 anos, foi contada nessa autobiografia densa e interessantíssima. Eu demorei menos de 20 dias para ler - o que é um recorde pessoal se tratando de um livro de tamanha magnitude.

O mais interessante do livro, por mais curioso que pareça, não é a história do sequestro em si, nem o relato dos abusos dos quais os sequestradores fizeram os reféns passarem, mas sim a relação entre os próprios sequestrados. Passam a ser crianças lutando pelo pedaço maior da comida, pelo lugar mais quente do quarto - que no caso deles era geralmente um cabana úmida e desconfortável - e pela admiração de quem os tirou a liberdade. E será mesmo que não somos todos assim? Egoístas, infantis? Acho que a sociedade nos moldou para parecermos mais civilizados, mas se tratando de casos extremos como esses, são os nossos instintos que prevalecem.

Um pensamento muito interessante que Ingrid coloca no livro é que, para ela, o pior não foi nem ter passado quase 7 anos presa dentro de uma selva, mas sim ter passado todo esse tempo no ócio, sem aprender, sem ler, sem experimentar. O não-fazer, para ela, foi a única coisa que não conseguiu recuperar de todos aqueles anos. O que estamos fazendo, ou não-fazendo, com o nosso tempo?