Dia 01 de setembro de 2014
O PSDB governa o estado de São Paulo há 20 anos. Porém, ao contrário do PT a nível federal, que está no comando do país há 12 anos, o PSDB paulista parece não encontrar o desgaste tão comum aos partidos após sucessivas eleições. Segundo pesquisas recentes, o candidato à reeleição Geraldo Alckmin tem chances de ser eleito em primeiro turno, ou seja, com mais de 50% dos votos válidos.
Das duas, uma. Ou a administração tucana é ótima, digna de outra reeleição, ou então a oposição é incompetente. Eu, como paulista que sou, fico com a segunda opção. Claro que há outras coisas pesando na balança. A omissão da mídia influencia, sim. Porém, nunca houve tantos fatores que pudessem tirar o governo do PSDB. Ainda assim, ao que tudo indica, esta será uma das eleições mais fáceis dos últimos anos.
Na área da saúde, o fechamento da Santa Casa de São Paulo. Na segurança pública, o 14° aumento consecutivo da violência. Na educação, além de uma anomalia chamada progressão continuada e da baixa qualidade do sistema público de ensino, as universidades estaduais, em especial a USP, passa por uma grande crise financeira e a greve mais longa de sua história. Porém, certamente, o pior setor de seu governo seja mesmo o da mobilidade urbana. Além da obra do Rodoanel, orçada em 4 bilhões de reais e ainda inacabada, o Estado de São Paulo possui uma quantidade interminável de pedágios em suas rodoviais a preços elevados. Só a cidade de Itatiba, por exemplo, é cercada por três deles. Pior, o governo tucano é alvo de investigação sobre um esquema que desviou milhões de reais de obras do metrô. Isso sem falar no risco da falta de abastecimento de água no estado mais rico da nação, problema ocultado pelo atual governo provavelmente com medo disso se refletir nas intenções de voto. E - nunca é demais frisar - a falta de água ocorre por falta de investimentos, e não por culpa de São Pedro.
E, ao que tudo indica, os tucanos se reelegerão, apesar de tudo. Pode-se julgar o povo paulista como conservador ou alienado. Porém, nos falta também uma liderança de oposição na esfera estadual. Quem é o grande destaque da política paulista hoje? Não há nomes. Temos um Skaf que aparece apenas a cada 4 anos - e, cada vez, num partido diferente. Um Padilha não muito conhecido e com pouca tradição na política estadual. E candidatos menores e com projetos não tão diferentes do atual, salvo raras e inexpressivas exceções.
Enquanto houver uma oposição tão incompetente quanto esta, estaremos fadados a mais reeleições sucessivas da incompetente gestão tucana.
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