BRASIL: UMA PANELA DE PRESSÃO (OU ESTAMOS PERDIDOS)
O QUE ACONTECERÁ QUANDO A PANELA DE PRESSÃO EXPLODIR?
(SEM) INSPIRAÇÃO
HOJE ACORDEI INSPIRADO. MAS ACHO QUE EXPIREI.
SOBRE SER CULTO
A VIDA NÃO SE RESUME AO FACEBOOK.
A REVOLUÇÃO DOS MACACOS
SOMOS TODOS MACACOS, ALGUNS MAIS MACACOS QUE OUTROS.
NU
HOJE ME DEU VONTADE DE ESTAR NU.
14 novembro 2011
Merda, bem mais que merda
10 outubro 2011
Pipocast - Animações
02 outubro 2011
O ignorante e o sábio
29 setembro 2011
Onde está a democracia?
25 setembro 2011
Críticas Rasas
24 setembro 2011
Reflexos
Quando você olha para a história, o que vê?A repetição dos dias de hoje? Algo extremamente distante? Uma forma de aprendizado?
Reserve os dias 17 e 18 de novembro em sua agenda para assistir ao espetáculo teatral 'Reflexos no Espelho', do grupo de teatro do CCA-PUCC do qual faço parte. As apresentações ocorrerão às 20h. A entrada é franca.NÃO PERCAM!!
29 julho 2011
Por Uma Vida Menos Medíocre
Saio de casa para trabalhar antes das 6h da manhã - ainda está escuro. Chego da faculdade depois das 23h - já está escuro. Moro numa cidade medíocre, assisto a programas de televisão medíocres - jamais aos ruins -, uso do sarcasmo para me defender, uso da discrição para me defender, mas nunca saio no braço com ninguém como estratégia de defesa, pois corro o risco de apanhar.
Sou calmo, preguiçoso e irritantemente normal. Há muito tempo atrás me perguntavam o que eu queria ser quando crescer, e pra essa pergunta já dei diversas respostas diferentes. Hoje, tenho certeza do que responderia: "Gostaria de ser menos medíocre".
08 junho 2011
Um Senhor de 20 Anos
E o brinde dessa boa ação é a carteirinha de doador, que te dá direito a ter privilégios da 3ªidade antes - bem antes - de completar 60 anos. Tive a primeira experiência essa semana, quando fui ao banco da Caixa Econômica Federal resolver um problema pessoal. Eu costumava demorar uma hora ou mais para ser atendido, mas desta última vez, graças ao meu recém-adquirido privilégio, não fiquei mais que 15 minutos esperando. Isso vale para qualquer estabelecimento público ou privado. É só vantagem!
05 junho 2011
Contradições Onipotentes
Eu escrevo certo por linhas tortas. Se você está bem, é porque Eu permiti. Se você está mal, é culpa de seus pecados; não tenho nada a ver com isso. Cada um planta o que colhe. Eu adoro ditados populares.
Ama-Me acima de tudo. Ame Meus discipulos. Ame Meu filho que morreu na cruz por causa de você. Há nepotismo no céu.
Ame a igreja que matou milhares na santa inquisição. Ou então faça sexo apenas para se reproduzir, use saia longa, não corte nem pinte o cabelo e grite a Minha palavra nos terminais rodoviários pra pessoas que não querem ouvir. Jamais se esqueça dos 10%.
Se confesse para um padre pecador. Coma um pedaço de pão sem fermento. Meu sangue é uma bebida alcoólica.
O capitalismo não é algo cristão. Compre nas lojas da Basílica, no McDonald do templo e faça o mercado gospel faturar milhões em nome de Mim.
Eu sou Deus. Você é livre para fazer o que pensa... então não ouse questionar a Minha palavra!
05 abril 2011
Dan Pessôa Irrita Éder 2
Pela segunda vez o entrevistado é o blogueiro Éder Pessôa.
16 fevereiro 2011
Quase Mochileiro
Estou de volta, depois de praticamente 1 mês sem postar. Antes que alguém venha com aquele papo de "Você não tinha prometido postar ao menos uma vez por semana?" eu tenho que dizer que, enquanto vocês estavam acessando em vão meu blog afim de ler postagens novas, eu estava viajando, me divertindo e aproveitando minhas merecidas férias - do serviço e da faculdade. Isso mesmo, viajando. Gastando o dinheiro na coisa mais passageira (pegou a ambiguidade?) e incrível que existe: conhecer novos e velhos lugares.
Ao todo foram quase 2000km percorridos de carro, ao lado de meus pais e meu irmão. O carro: um Gol 2ª geração de 1996. Um senhor de idade, mas muito bem de saúde, por sinal. O destino: várias cidade, vários estados. Primeiramente, Araxá-MG. Depois, Brasília-DF e, por fim, Caldas Novas-GO, de onde voltamos para cidade de origem, Campinas-SP.
Tenho que confessar, amigos. Passar mais de 10h seguidas num carro não é fácil. Ainda mais em um carro sem som. Pode parecer estranho - e é - mas desde que o rádio do nosso Gol quebrou há alguns anos, ninguém teve a iniciativa de gastar uns 200 reais na compra de outro.
O piloto: meu pai. Co-piloto: meu irmão. A responsável por falar, falar e falar, de modo a não deixar os motoristas dormirem: minha mãe e, diga-se de passagem, a tarefa foi realizada com maestria. Eu, além de ficar encarregado de tirar fotos, dormi. Dormi muito. Por falar em dormir, dormir dentro de um carro é uma tarefa complicada. É extremamente difícil encontrar uma posição e, tenha a certeza, a dor no pescoço é inevitável.
Apesar de cansativo, viajar por terra acaba sendo mais curioso. Passamos perto de cidades incrivelmente pequenas e isoladas. Havia um vilarejo nas margens de uma estrada de MG que, além de um cemitério minúsculo e uma igrejinha construída e não reformada provavelmente há séculos, devia ter umas 5 ou 6 casas. Parte de um Brasil esquecido, não-incluído, alheio às mudanças do mundo. As cidades de Goiás, em especial, são bem diferentes das paulistas. São mais rústicas, mais monótonas.
Saímos de Campinas às 6h da manhã e chegamos em Araxá-MG por volta de 13h, sem almoçar. Lá temos alguns quase-parentes (a dona da casa é irmã da minha tia que casou com o irmão do meu pai =S), e ficamos hospedados na casa deles. A recepção foi tipicamente mineira, ou seja, ótima. A comida foi tipicamente mineira, ou seja, apetitosa. A família era tipicamente mineira, ou seja, grande, acolhedora e barulhenta. Me senti em casa. A casa, por sinal, ficava com o portão aberto quase 24h por dia, como que se tirassem sarro de nós, paulistas, por vivermos trancafiados dentro das grades de nossas próprias residências.
A noite em Araxá não é tão agitada quanto em Campinas, mas é bem agradável. Fomos a uma pastelaria, e o pastel, que de tão grande e recheado, é comido de garfo e faca. Não consegui comer tudo.
No outro dia fomos levados ao rancho que eles tanto falavam. O lugar é isolado de tudo. Lá tinha uma casa bem simples, fogão à lenha improvisado, churrasqueira, muita comida, e vários amigos da família. Ao todo éramos umas 30 pessoas. Bebi pela primeira vez o guaraná da marca Mineiro, um pouco mais doce que o que estava acostumado, mas muito bom.
Descendo um pouco mais entre o mato, percorrendo uma trilha improvisada, um riacho cristalino como não se vê no estado de SP. A natureza gritava aos meus olhos como em raras oportunidades. Passamos várias horas lá.
Na volta, jogamos Banco Imobiliário e Detetive até escurecer. Confesso que o tédio e uma vontade imensa de ver civilização já me dominava. Voltamos para a cidade após anoitecer, não sem antes ver um céu extremamente estrelado, de um jeito que eu só havia visto de forma artificial em minha visita ao planetário de Campinas. Não sei quantas eram, mas é bem provável que todas as constelações do universo se faziam visíveis.
Pouco antes de amanhecer, hora de partir. Próximo destino, uma das cidades que mais gosto: a capital brasileira. Viagem cansativa, chegamos lá às 14h com uma fome monstruosa. Nada que uma feijoada não pudesse matar.
Congresso, Planalto, Catedral, Buriti, Alvorada, entre tantas obras de Niemayer, além da Torre da TV onde se pode ver quase que toda a capital de cima, a ponte JK, os shoppings... não há pobreza visível lá, ou pelo menos não tão visível quanto na maior parte das grandes metrópoles. Isso sem falar da história, da simbologia, da pamonha(??), das lésbicas... isso mesmo, lésbicas. Mas essa é uma história que vou deixar pra uma outra oportunidade.
Outro ótimo lugar para um turista ir é a feira dos importados. Sim, os produtos realmente são importados, mas do Paraguai e China. Ou seja, é apenas um nome pomposo para designar o nosso conhecido camelô. Fiz a festa lá. Torrei quase 100 reias. Um óculos de Sol, uma carteira e váááários DVD's. Foram 5 dias muito bem aproveitados.
Próxima parada foi Caldas Novas-GO. Ficamos em um apartamento. Cidade bacana, pessoas não muito receptivas, clubes ótimos e águas quentes. Meu pai quase morreu ao descer no toboágua. Fomos no cinema de rua de lá. Deu pra relaxar.
Ao todo passamos por 4 estados em menos de duas semanas. Mais de 2000km percorridos. No total foram 12 pedágios, sendo que todos eles, TODOS, ficam no estado de SP, com tarifas que variam de R$4,30 à R$9,20. Valor extremamente abusivo para o estado mais rico do país. As estradas eram boas, inclusive em GO e MG.
A volta pra Campinas demorou 10 horas, e a viagem, como sempre, ficou com um gostinho de quero-mais. Por falar em quero-mais, próximo fim de semana estarei na praia. Se vocês quiserem um conselho meu, só posso dizer uma coisa: viajem!
Divisa SP/MG No rancho, em Araxá-MG
Cachoeira (Araxá-MG)
Na noite (Araxá-MG)
Cochilando (Indo para Brasília-DF)
Na estrada (Indo ara Brasília-DF)
Divisa MG/GO Estrada de Goiás (indo para Brasília-DF)
Divisa GO/DF
Catedral de Brasília-DF
Congresso (Brasília-DF)
Palácio do Planalto (Brasília-DF)
Não me pergunte o significado... (Brasília-DF) Na Torre de TV (Brasília-DF) Obrigado aos tios de Brasília pela recepção Usando o óculos escuro da feira dos "importados" (Indo para Caldas Novas-GO) Bem-vindo à Caldas Novas-GO Apartamento em Caldas Novas-GO Meu pai segundos antes de quase-morrer (Caldas Novas-GO) Meu irmão, minha mãe e eu (Cladas Novas-GO) Cinema de rua de Caldas Novas-GO
17 janeiro 2011
Não há Silêncio que Não Termine
Só para não dizer que não estou cumprindo minha promessa de postar semanalmente, eu me propus a chamar esse tempo em que estive ausente de... hum... recesso. Tempo pra assimilar novos planos, novas metas e, principalmente, tempo para analisar como cumprirei todas elas. 17 dias se passaram desde que a Rede Globo anunciou que era ano novo, e eis me aqui vos falando por estas linhas mal escritas. Afinal de contas, "Não Há Silêncio que Não Termine", diria Ingrid Betancourt.
E, sim, esse meu primeiro parágrafo foi escrito com o intuito de introduzir o livro 'Não Há Silêncio que Não Termine' no texto. A odisséia da ex-candidata à presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, que foi sequestrada pela guerrilha de fdp-narcotraficantes , as FARC's, e mantida refém por quase 7 anos, foi contada nessa autobiografia densa e interessantíssima. Eu demorei menos de 20 dias para ler - o que é um recorde pessoal se tratando de um livro de tamanha magnitude.
O mais interessante do livro, por mais curioso que pareça, não é a história do sequestro em si, nem o relato dos abusos dos quais os sequestradores fizeram os reféns passarem, mas sim a relação entre os próprios sequestrados. Passam a ser crianças lutando pelo pedaço maior da comida, pelo lugar mais quente do quarto - que no caso deles era geralmente um cabana úmida e desconfortável - e pela admiração de quem os tirou a liberdade. E será mesmo que não somos todos assim? Egoístas, infantis? Acho que a sociedade nos moldou para parecermos mais civilizados, mas se tratando de casos extremos como esses, são os nossos instintos que prevalecem.
Um pensamento muito interessante que Ingrid coloca no livro é que, para ela, o pior não foi nem ter passado quase 7 anos presa dentro de uma selva, mas sim ter passado todo esse tempo no ócio, sem aprender, sem ler, sem experimentar. O não-fazer, para ela, foi a única coisa que não conseguiu recuperar de todos aqueles anos. O que estamos fazendo, ou não-fazendo, com o nosso tempo?