Curta-metragem
“Mona” é um dos 55 filmes de 18 países diferentes que concorrerão em 18
categorias no FESTICINI – 2° Festival Internacional de Cinema Independente
Dia 8 de setembro de 2016
Por Danilo Pessôa
Por Danilo Pessôa
O curta-metragem “Mona”,
produzido em Kosovo, foi selecionado para participar do FESTICINI – 2° Festival
Internacional de Cinema Independente. O filme, da diretora Lorena Sopi, concorre
na categoria Melhor Música Original com outras cinco produções - duas da
Espanha além de filmes do Brasil, Irã e Colômbia. O festival, que conta com um
total de 55 produções de 18 países diferentes, acontece em Sumaré-SP entre os
dias 16 e 30 de setembro.
Kosovo é um dos países dissidentes
da antiga Iugoslávia. Independente desde 2008, ainda não é reconhecido por
várias nações e entidades, como a ONU (Organização das Nações Unidas) e o
próprio Brasil.
Curta metragem "Mona", da diretora Lorena Sopi |
“Eu acredito que, além de nos
fortalecermos como povo, moldando e resgatando nossa própria cultura e
identidade, a arte e o esporte têm papel fundamental para que o mundo nos conheça
e nos reconheça como uma nação. Estamos tentando abrir os olhos do público. Uma
parte não sabe onde nosso país fica ou nunca ouviu falar. A outra acha que
Kosovo é uma arena de guerra, um lugar onde apenas crimes, dor e terror são
realidade. O mundo nunca viu o verdadeiro Kosovo ou talvez nunca quis ver o
lado belo de meu país”, comentou a diretora Lorena Sopi.
Mesmo sem o reconhecimento
oficial como país, a indicação de “Mona” ao FESTICINI foi a segunda vez no ano em
que Kosovo conquista um lugar de destaque em terras tupiniquins. A primeira
delas veio durante os Jogos Olímpicos realizados no Rio de Janeiro, quando a
judoca Majlinda Kelmendi conquistou a medalha de ouro – a primeira da história
do país.
O país europeu da região dos
balcãs, que teve origem após se separar da Sérvia e até hoje luta por
reconhecimento internacional, passa por uma instabilidade política e vive em constante
ameaça de guerra com seus vizinhos.
“A arte e o esporte são nossas
armas. Temos cantores mundialmente famosos, como Rita Ora, Bebe Rexha e Due
Lipa. Escritores tão famosos no exterior quanto o brasileiro Paulo Coelho, como
Ismail Kadaré, Anton Pashku e Fatos Kongoli. Cantores líricos reconhecidos em
todo o mundo, como Inva Mula, Ermonela Jaho e Besa Llugiqi. Além, claro, de Majlinda
Kelmendi, que conquistou nossa primeira medalha de ouro em Jogos Olímpicos”,
disse.
“Portanto, a arte é algo
diferente. Como diz meu pai, que também é diretor, ‘a arte é a zona frágil
entre a vida e a morte’. Morte esta que vai além do sentido da vida. É uma zona
de dimensões desconhecidas. Através da arte damos aos outros a nossa dor, a
nossa esperança e, sobretudo, o nosso amor. A arte será sempre uma alternativa
para a vida que sonhamos. Algum tipo de tratado para nossas esperanças. Por
isso, a comunicação e o reconhecimento de nosso país em todas as formas de arte
são, para mim, de uma importância fundamental.”
MONA
O curta de ficção conta a
história de uma bailarina chamada Mona, que vê no palco durante seu ensaio uma
garota muito parecida com ela. Ela corre para conhecê-la, mas a garota corre.
Mona a procura pelas ruas da cidade, e vê a garota cruzando a rua por entre os
carros. Mas em sua perseguição, um acidente acontece.
Segundo Sopi, “Mona” foi feito em
um momento em que ela vivia um grande dilema em sua vida.
Filme é o representante de Kosovo no FESTICINI |
“O filme foi desenvolvido para um
projeto escolar. Eu estava em uma fase difícil, em dúvida sobre o que fazer do
meu futuro, dividida entre continuar sendo bailarina contratada pelo Teatro
Nacional de Kosovo ou me dedicar ao cinema. Foi então que descobri ‘Mona’, e
isso me abriu horozontes, já que consegui mesclar minhas duas paixões”, contou.
O curta foi filmado em apenas um
dia. O roteiro, também escrito pela diretora, foi inspirado em sua própria
vida, já que durante seus longos ensaios de balé, a exaustão fazia com que ela tivesse
algumas visões, distorções da realidade.
FESTICINI
Ao todo são 18 categorias em
disputa. O vencedor recebe o Troféu FESTICINI, desenvolvido especialmente para
o evento. O festival é totalmente voltado para a premiação de filmes
independentes produzidos ao redor do mundo. Ao todo foram 610 produções
inscritas, vindos de todos os continentes do planeta.
O evento conta com o patrocínio
da APSEN Farmacêutica por meio de incentivo fiscal do Governo do Estado de São
Paulo, além de realização da DZ.7 Realizações Artísticas. Para mais informações
sobre o festival acesse www.festicini.com.br.
FILMES INDICADOS
MELHOR LONGA-METRAGEM
- Clarisse ou Alguma Coisa Sobre
Nós Dois – Brasil
- Condado Macabro – Brasil
- Percepção do Medo - Brasil
MELHOR MÉDIA METRAGEM
- El Solecito Del Parque –
Colômbia
- Nua Por Dentro do Couro –
Brasil
- O Homem Que Virou Armário –
Brasil
- Reverso – Brasil
- The Heat – Polônia
MELHOR CURTA METRAGEM
- 14 Anys i Um Dia – Espanha
- My Awesome Sonorous Life
(Minha Incrível Vida Sonora) – Itália
- No Caminho Dos Pés – Brasil
- Pulso - Brasil
- Wut - Espanha
- Xavier - Brasil
MELHOR ANIMAÇÃO
·
Criaturitas
– Espanha
- Cuerdas En La Vida – México
- Feardom – Espanha
- Golden Shot – Turquia
- Roger – Espanha
- Rosso Papavero - Eslováquia
MELHOR DOCUMENTÁRIO
·
Benett – Brasil
·
Composto – Brasil
- De Que Lado Me Olhas –
Brasil
- Inferno – Brasil
- Preto, Pobre, Puto – Brasil
- Saving Mr. Marbles (Senhor Bolinhas de Gude) - Argentina
MELHOR ATOR
- Eduardo Tocha (Tudo Que Você
Ama Lhe Será Arrebatado) – Brasil
- Flávio Fonseca (Tem Alguém
Feliz Em Algum Lugar) – Brasil
- Joaquim Lopes (Pulso) –
Brasil
- Michael Dukes (Duellum) –
Espanha
- Michal Wlodarczyk (Adaptation) – Polônia
- Tristan Tenot (Horla) –
França/Coreia do Sul
MELHOR ATRIZ
- Amanda Pereira (Embaraço) –
Brasil
- Cristina Amadeo (Tem Alguém
Feliz em Algum Lugar) – Brasil
- Isabelle Vary (L’Instant) -
França
- Malgorzata Witkowska
(Adaptation) – Polônia
- Priscila Vilela (O Menino do
Dente de Ouro) – Brasil
- Rejane Arruda (Eclipse
Solar) - Brasil
MELHOR ATOR COADJUVANTE
- Benjamin Kraatz
(Provisórios) – Suíça
- Dariusz Siastacz
(Adaptation) – Polônia
- Gregório Musatti (Xavier) –
Brasil
- Lino Colantoni (O Seco) –
Brasil
- Marcus Veríssimo
(Dissonante) – Brasil
- Rafal Fudalej (The Heat) -
Polônia
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
- Karine Ordônio (Maria) – Brasil
- Leda Santana (Provisórios) –
Suíça
- Natalia Hubner (Eclipse
Solar) – Brasil
- Pilar Alcalá (14 Anys i Um
Dia) – Espanha
- Sofia Frozza Ampese (Três
Dentes de Ouro) - Brasil
MELHOR DIRETOR
- Giorgi Todria (Lost Village)
– Espanha/Geórgia
- Philippe Costa (Aspirina
para Dor de Cabeça) – Brasil
- Saman Hosseinpuor (Autumn
Leaves - Folhas de Outono) – Irã
- Sergi Marti Maltas (Wut) –
Espanha
- Stefania Vasconcellos (No
Caminho dos Pés) – Brasil
- Tucker Dávila Wood (Duellum)
– Espanha
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
- Antonio Gonzaléz Méndez
(Titan) – Espanha
- Gerardo González Pérez
(Cuerdas Em La Vida) – México
- Gorka Gómez Andreu (Lost
Village) – Espanha/Geórgia
- Petrus Cariry (Clarisse ou
Alguma Coisa Sobre Nós Dois) – Brasil
- Ricardo Fujii (Aspirina para
Dor de Cabeça) – Brasil
- Zanyar Lotfi (Autumn Leaves
- Folhas de Outono) – Irã
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
- João Inácio (Carta da
Esperança) – Brasil
- Kyrylo Sopot e Gabriel
Galand (Horla) – França/Coreia do Sul
- Lucas Neves (Tudo Que Você
Ama Lhe Será Arrebatado) - Brasil
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
- Bartosz Kruglik (Adaptation)
– Polônia
- Felipe de Amorim (Tigre,
Tigre) – Brasil
- Gökalp Gonen (Golden Shot) – Turquia
- Marcelo Ikeda (O Homem que
Virou Armário) – Brasil
- Ricky Mastro e Eduardo
Mattos (Xavier) – Brasil
- Sergi Marti Maltas (Wut) –
Espanha
MELHOR FIGURINO
- Aitziber Sanz Pascual
(Titan) – Espanha
- Josiane Silva (Três Dentes
de Ouro) – Brasil
- Laura Katz (Horla) –
França/Coreia do Sul
- Laura Riaño Arévalo (El
Escape) – Colômbia
- Tas Basterra (Duellum) –
Espanha
- Viviane Castelleone
(Aspirina para Dor de Cabeça) - Brasil
MELHOR EDIÇÃO DE SOM
- Gilmer Huayna (Ka) – Peru
- Gökalp Gonen (Golden Shot) – Turquia
- Ignasi López (Criaturitas) –
Espanha
- Iosu González (Lost Village)
– Espanha/Geórgia
- José M. Sospedra (Wut) –
Espanha
- Marco Testa (My Awesome Sonorous Life) – Itália
MELHOR MÚSICA ORIGINAL
- Felipe Monsalve (El Escape)
– Colômbia
- Jan Fité (Roger) – Espanha
- Maria Gadú e Aureo Gandur
(Pulso) – Brasil
- Rodrigo Leão (Mona) – Kosovo
- Sirvan Azizi (Autumn Leaves -
Folhas de Outono) – Irã
- Tomás Simon (Dins La Fosca)
– Espanha
MELHOR MAQUIAGEM
- Amanda Gómez (Dins La Fosca)
– Espanha
- Cedric Martin (Horla) –
França/Coreia do Sul
- Dri Chepezan (Embaraço) –
Brasil
- Fábio Servullo (Condado
Macabro) – Brasil
- Manuela Martínez
(Roboethics) – Espanha
- Pedro Vincuna (Aspirina Para
Dor de Cabeça) - Brasil
MELHOR MONTAGEM
- Aleksander Nascimento
(Reverso) – Brasil
- Amanda Melo (Pombal 350) –
Brasil
- Gerardo González Pérez
(Cuerdas Em La Vida) – México
- Jamie Alain (Collider) –
Canadá
- Ramón de Los Santos (O
Efeito Isaías) – Portugal
- Tomas Sposato (Fantástico) -
Argentina
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