Dia 27 de outubro de 2014
Na eleição presidencial mais disputada da história da democracia brasileira, o governo continuou governo, com a reeleição de Dilma Roussef (PT). A oposição continuou oposição, com a votação expressiva e fortalecimento do PSDB, através de seu candidato Aécio Neves. Mas a chamada "terceira via", representada nas duas últimas eleições principalmente por Marina Silva (no PV em 2010 e no PSB em 2014), pode estar vaga.
Marina Silva é a grande derrotada das eleições de 2014. Logo que assumiu a chapa do PSB após a morte do então candidato Eduardo Campos, a acreana despontou nas pesquisas como a favorita, e foi perdendo fôlego ao longo da disputa, não chegando sequer ao segundo turno. Se em 2010, sua terceira colocação representou uma vitória, em 2014 essa mesma posição lhe conferiu perda de capital político. Seria muito achismo dizer que Marina Silva está fora, mas será que ela ainda terá força para representar uma mudança tendo recebido um revés tão potente quanto este? Para piorar sua situação, ninguém sabe ao certo por quanto tempo permanecerá no seu atual partido, ou ainda se conseguirá legalizar a REDE, sua sigla autoral, que antes de existir já aparenta estar dividida.
De qualquer forma, há um espaço vago na política brasileira. Se não Marina Silva, quem?
Conseguirá o PSOL, após seu leve fortalecimento neste ano e com a repercussão gerada nos grandes centros pela candidatura de Luciana Genro à presidência, se igualar ou superar a eleição de 2006, quando a então candidata Heloísa Helena conquistou quase 7% dos votos válidos? Ou será que a bancada evangélica e conservadora lançará algum nome capaz de apagar a votação pífia recebida pelo Pastor Everaldo (PSC)? Ressurgirão nomes das últimas eleições, como Cristovan Buarque (PDT), Anthony Garotinho (PR) ou Ciro Gomes (atual PROS), ou surgirá um novo nome de expressão nacional na política?
PT e PSDB têm cadeira cativa para 2018. Falta mais um convidado a ser chamado.
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